Um programa de homem


Nossas crianças não podem mais atirar o pau no gato. Guri nenhum usa funda para matar passarinho. Briga de soco na saída da escola não existe mais. A perversidade da gurizada precisou adaptar-se a um mundo onde o politicamente correto e a boiolice estão muito próximos. O papel masculino vem se rendendo a um mundo feminilizado demais. Uma sociedade feminina que parece querer assumir a educação dos filhos, a direção de empresas, a intuição das tendências. Outro dia, um amigo ouviu de uma mulher como resposta a sua cantada: “eu sou muita areia para o teu caminhãozinho”. E ele teria replicado: “É, mas sem um caminhãozinho tua areia não vai a lugar nenhum”. Então, se trata de refletir que homem e mulher precisam um do outro, por razões e necessidades muitas vezes distintas.

É neste clima que o podcast chamado De cueca apertada entra no ar. Não se trata de uma guerra de sexos, embora o mundo feminino se apresse em taxar a expressão do homem como coisa machista, truculenta, desapropriada. O programa é resultado do encontro de um grupo de amigos de Porto Alegre, os jornalistas Julio Ribeiro, José Luiz Prévidi, Edgar Powarczuk, Marco Poli, o publicitário Marcelo Rubin e o designer Gilton Frisina. O De Cueca Apertada, como diz o Prévidi, “é um programa de homem”. Não é um programa machista. E todos adoram mulher! Ouça em: http://www.adonline.com.br/decuecaapertada/

Ah, eu sou gaúcho babaca!

O pacote da Yeda mostrou que estamos mais para dissidências do que consensos. Por isso, quando ouço “ah, eu sou gaúcho” entendo que o hino separatista já está ecoando grotescamente não pelas nossas façanhas, mas pelo nosso despeito provinciano-subdesenvolvimentista. Ficando para trás no ranking do desenvolvimento, gaúchos se uniram no futebol para sublimar seus próprios erros. Ao empurrarem o Corinthians para a segunda divisão, gremistas e colorados torceram, mais uma vez, pela derrota do outro, ao invés de voltarem suas energias aos seus próprios times. Um, recém campeão do mundo de campanha pífia. Outro, um cardume contorcendo-se com cabeças-de-bagre. Algo funesto leva gremistas e colorados a abraçarem-se em regozijo por ver cair o Golias de São Paulo, com 20 milhões de torcedores. Vingançazinha de perdedor. Que babaquice!

Exótico Gappei



Muito tri o restaurante Gappei bem em frente ao Shopping Moinhos e ao Hotel Sheraton. O chef Paulinho (foto) se entusiasma todo para apresentar o prato que traz a minha mesa: arroz thai a moda asiática, com anéis de lula, coentro e leite de côco, servido no próprio côco. Eu flutuei com a suntuosidade do sabor. A proposta do Gappei é uma cozinha exótica e cheia de fusões surpreendentes. O atendimento é show, preço é meio salgado, mas vale cada centavo.

Vinícolas do Brasil

Você já passou pela frente, mas aposto que nunca se deu conta. Na Mostardeiros, ao lado do Pronto Socorro Cruz Azul, revela-se, sutilmente, uma imponente mansão centenária. É a casa Isto é Brasil, uma proposta muito legal que reúne vários fornecedores de móveis e decoração de alto nível. Destaque para o pessoal do Velha Olaria (pisos cerâmicos muito legais). A Casa é ancorada pelo excelente bistrô da Jane Fantoni, que serve almoços requintados de segunda a sábado.
Mas, o mais legal está escondido no porão: o Vinícolas do Brasil. Uma cave ambientada para degustação de dezenas de vinhos e espumantes gaúchos e brasileiros de qualidade que não estão nos supermercados. Em tempos de festas de final de ano, vale a pena conferir. Baita idéia!

Feira do Livro: desta vez as crianças puderam ler



Esta edição da Feira do Livro de Porto Alegre finalmente abriu-se para as crianças. Por uma questão simples, pelo menos para quem tem filhos, ou meia dúzia de neurônios: nos anos anteriores os pequenos não conseguiam escolher seus próprios livros, pois não alcançavam o olhar nos estandes. Feitos para expor livros a adultos, as carcumidas barracas da Feira eram muito altas para nossos filhos! A solução? Ah, colocar estrados no chão para os pequenos ficarem mais altinhos. Resolvido o problema. Comprei seis livros para cada filha. E elas escolheram os títulos!

Ibama incompetente quer legislar no RS

Leio o artigo "A deterioração do mérito", de José Pastore, professor da USP, no ESTADO DE S. PAULO, em 30 de outubro: "O prazo legal para a concessão de uma licença ambiental pelo Ibama é de 30 dias; no governo Lula está demorando 394 dias. A aprovação de um EIA-Rima, que deveria ser feita em 60 dias, consome 576 dias. A realização de uma audiência pública sobre questão ambiental, que deveria ocorrer em 45 dias, leva 239 dias. E uma licença prévia, que deveria ser concedida em 270 dias, leva 1.188 dias! Dados referentes a 63 empreendimentos licenciados pelo Ibama entre 1997 e 2006 e coletados pelo Banco Mundial. Se isso afetará os projetos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), imaginem o que faria no caso do RS, quando corremos o risco de entregar o trabalho realizado pela FEPAM aos burocratas incompetentes do IBAMA. Fim da picada!